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Bird box – Por que o Desespero vence?


Bird box – Por que o Desespero vence?


O filme Bird box, que toma como base um romance britânico de mesmo nome, estreou no Netflix na época do Natal. Estrelando Sandra Bullock e John Malkovich, trata-se de um thriller tenso que consegue, talvez a despeito de si mesmo, lançar uma luz considerável sobre a perigosa condição espiritual da cultura pós-moderna, da cultura contemporânea em que vivemos.

O personagem de Sandra Bullock, Mallorie, é uma pintora extremamente talentosa cujo trabalho reflete sua visão sombria da vida e sua incapacidade de manter conexões reais, relações significativas com outras pessoas. Quando o filme começa, Mallory está grávida, embora não esteja morando com o pai da criança, e parece que ela pretende colocar o bebê para adoção. Quando ela está deixando o hospital depois de um check-up de rotina, de repente o inferno se abre em volta dela. Estranhas forças “espirituais” ou alienígenas invadiram a cidade, e aqueles que olham para eles são compelidos, ferozmente e imediatamente, a cometer suicídio. Quando  Mallorie olha em volta horrorizada, pessoas próximas estão se colocando  na frente de ônibus em alta velocidade, entrando espontaneamente  em incêndios, atirando em si mesmas, batendo propositalmente com seus carros,  batendo com suas cabeças nas paredes, esfaqueando-se até a morte... Uma das pessoas é sua própria irmã, que está dirigindo o carro onde ela está... Depois desse acidente, Ela é resgatada por um pequeno grupo que se amontoa dentro de uma casa (parece que os espectros só podem operar ao ar livre).

No curso das semanas e meses que se seguem, de uma forma ou de outra, todos os habitantes da casa vão sendo  expostos às aparições e cometem suicídio, exceto Mallorie, seu filho e a filha de uma das vítimas e um homem que ela conheceu entre os que estavam na casa. Alguns anos se passam nessa condição... as crianças já estão crescidas – não são mais bebês... e jamais puderam olhar, ou abrir os olhos ao ar livre.

Tendo ouvido falar através de um rádio transmissor de um refúgio que pode se alcançado descendo um rio próximo a casa, nossa heroína e as crianças partiram, vendadas, de barco. Depois de uma terrível jornada, durante a qual eles são ameaçados todo tempo por inimigos físicos e espirituais, eles encontram o refúgio, que é, compreensivelmente, uma escola para cegos. Naquele lugar, marcado tanto pelo calor humano quanto pela beleza da natureza, Mallorie parece encontrar o senso de conexão - especialmente com as crianças - de que ela estava carente quando a história começou. Eu entendo completamente o comentário do cineasta do filme dizendo que Bird box é finalmente sobre o personagem principal descobrir o que significa ser mãe.

Mas o que eu achei particularmente interessante sobre esse filme é o que está FALTANDO nele - a saber, qualquer referência a Deus. Já observei frequentemente  em vários filmes de desastres padrão -  descrevendo invasões alienígenas ou calamidades naturais, as pessoas quase nunca invocam Deus. Eles se unem, demonstram coragem, encontram reservas internas de força, etc., mas dificilmente pedem ajuda de uma fonte sobrenatural. No entanto, essa ausência da referência divina foi especialmente chocante em um filme cujos vilões são precisamente forças espirituais malignas - por assim dizer. Há um momento trágico / cômico em relação ao começo do Bird box, logo depois que o pequeno grupo se reuniu para proteção numa casa. Tentando entender o que está acontecendo, buscando explicações, eles propõem uma teoria e outra para o que está acontecendo no mundo todo. Finalmente, um jovem dá voz a uma dispersão desconexa de insights “espirituais” de uma variedade de religiões e mitologias misturadas. Quando todos os outros olham para ele em total confusão e ceticismo, ele diz, timidamente, “eu tirei todas essas informações da internet”. Achei aquela cena tristemente emblemática de nossa situação cultural e até mesmo do cristianismo de nossos dias.

Pelo menos no Ocidente, grande parte da religião clássica desmoronou ou se rendeu silenciosamente ao espírito da época, o HUMANISMO SECULAR se tornou o parâmetro de cosmovisão sobre o homem, sua psicologia, a vida... e tudo foi tomando forma num discurso meramente politicamente correto. Isso tristemente é verdade também para uma grande parte das igrejas “cristãs” e “cristãos” no mundo hoje.

E, portanto, diante do verdadeiro perigo espiritual, psicológico... os dramas da alma... pouquíssimos têm o arcabouço metafísico para entender o que está acontecendo, ou a vontade moral de combater o inimigo apropriadamente. À medida que o filme chega ao final, pelo menos “relativamente feliz”, os sobreviventes têm um ao outro e têm a beleza da natureza, mesmo que restrita, mas a ameaça espiritual permanece muito viva - precisamente porque NINGUÉM sabe o que fazer a respeito.

Bird box , como falamos, começou a transmitir logo antes do Natal - em outras palavras, no exato momento em que a VERDADE chegou...  e pisou neste mundo.

Os personagens em Bird box especulam que os espíritos malignos se manifestam como a SOMA TOTAL DOS PIORES E MAIORES MEDOS DE UMA PESSOA - o que explica o efeito devastador que eles têm sobre aqueles que os veem. Eles são levados ao completo e final desespero, se matando por isso. Se Deus efetivamente desapareceu, então nossos medos nos sobrecarregarão; ou, na melhor das hipóteses, seremos capazes de mantê-los afastados apenas “tapando os olhos”, como no filme. O desespero vence se eles olharem para o mundo. Fechar os olhos ou ser cego é a única possibilidade de lidar com aquilo por um tempo – até que por fim, tudo desmorone.

Como eu disse, a estreia do filme foi no dia 21 de Dezembro, vésperas do Natal. O filme nos mostra essa falta de recursos para lidar com o desespero da alma num mundo materialista do humanismo secular. E Jesus veio ao mundo (Natal), exatamente para dar testemunho da VERDADE. Sobre a vida, sobre a alma humana, sobre o mundo quebrado, sobre a razão por trás de todo desespero... e ser, Ele mesmo, Cristo, o recurso final para um mundo quebrado e inexoravelmente preso ao desespero. Ele veio como o Príncipe da Paz.

Em João 18:37 Ele diz o que veio fazer: Jesus respondeu: "Tu dizes que eu sou rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz." Pilatos perguntou-lhe: "Que é a verdade?"

Por que Jesus veio?

Todos os anos o Natal coloca uma questão para o mundo, ou seja, por que Jesus veio? Ou qual é o significado de Jesus Cristo?  Ou, mais pessoalmente,  que diferença este homem deve fazer em minha vida? No meu casamento, no meu trabalho, no meu lazer,  no meu pensamento,  em minhas emoções, nos dramas da vida, nos dramas da alma...?

Quando ele estava em julgamento por sua vida, Jesus falou algumas palavras que dão uma resposta a esta pergunta. Ele disse "Para isso nasci, e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da VERDADE. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz."

As palavras foram pronunciadas no final de sua vida, mas elas são sobre o o seu nascimento ( Natal ).
"Por essa razão eu nasci..."
Por esta razão há o Natal.
Existe o Natal porque Jesus veio para dar testemunho da verdade.

A Primeira implicação dessa declaração, é que há uma Verdade que todos devem acreditar – Ela não tem nenhuma relação como o humanismo secular. Já que ela teve que vir de fora do mundo. O mundo não a cria, não a descobre... e traz uma exortação:

Não seja como Pilatos quando você ouvir a verdade.

Há uma verdade sobre a vida, o homem, a alma, o desespero do mundo... verdade que todos devem acreditar. "Para isso nasci, e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade."

A VERDADE! É a Verdade que vem de fora do mundo e dá sentido ao mundo.

O mundo não faz essa verdade.
Não molda ou pode alterar esta verdade.

É a verdade, não uma verdade para mim e uma verdade diferente para você.
Mas a verdade para todos nós. Imutável, absoluta.

Pode ter havido uma geração, quando esta simples implicação do texto não precisava ser enfatizada: a de que há uma verdade. Verdade fora de minha própria mente. Verdade que eu não crio, mas é revelada a mim, que eu não controlo, mas a qual eu devo me submeter.

Pode ter havido um momento em que nós não tivéssemos que proclamar esta como parte da central da mensagem. Mas não hoje. Hoje temos a Rejeição Contemporânea da Verdade Absoluta

Hoje essa afirmação simples ( Uma Verdade sobre tudo e para todos ) é uma revelação surpreendente e controversa. É vista com descrença generalizada. É fácil entender a falta de recursos de cada pessoa no filme Birdbox para lidar com o que traz todo desespero a tona.

Se você tentar reivindicar hoje que  há uma verdade absoluta -verdade que todos devem acreditar, muito provavelmente, será considerado errado e imoral para essa cultura.

As pessoas vão dizer que você está equivocado, porque não há Deus para dar caráter absoluto à verdade. Portando, a ideia de uma pessoa sobre uma “verdade” é tão boa quanto qualquer outra ideia de outra pessoa.  O Natal ( Cristo vir ) quer dizer que toda a filosofia humanista, secularismo, humanismo secular… suas ideias sobre a alma humana, seus dramas…  são falsas.

Mas você não só será considerado equivocado se afirmar essa Verdade absoluta, você também será considerado por muitos como, insensível, imoral... se você insistir com uma verdade absoluta.

Por quê? Porque a alegação de que há verdade absoluta leva a intolerância e o preconceito contra o que os outros pensam. Moralidade hoje foi praticamente definida em termos de relativismo. Se você não acredita que a verdade que você vê é vinculativa para mim ( você tem que crer que aquela é apenas a tua verdade), então você é humilde e bom e  e sensível, e moral.

Mas se você acreditar que a verdade que você vê é vinculativa para mim, então você é arrogante, insensível, intolerante e imoral.

Virtude ou moralidade hoje exige o relativismo. Este é o mundo do século XXI ( de Bird box ) em que Jesus diz: "Para este fim Eu nasci e vim ao mundo: para dar testemunho da verdade."É um mundo em que a sua mensagem foi anulado antes mesmo de ser falada, porque a verdade é vista como a raiz podre do fanatismo e da intolerância e do preconceito e da insensibilidade.

Mas o relativismo, por outro lado é visto como a mãe saudável da sensibilidade, respeito cultural e da tolerância e da paz. Esse é o mundo de Bird box sem recursos para o desespero.  O mundo da visão relativista generalizada da Verdade. Em outras palavras, a mensagem bíblica da vinda de Cristo para DAR TESTEMUNHO DA VERDADE -  hoje se tornou um obstáculo tão grande, que a igreja esconde a Verdade que Cristo revelou e é, e proclama em alto e bom  som o humanismo secular que deixa as pessoas, ditas cristãs, no mesmo desespero... todos na Bird box.

As “grandes pessoas” de nossa cultura, seus intelectuais, sábios desse geração...  não pensam sobre a verdade absoluta mais. Eles não estão procurando a verdade que pode dar significado e propósito para toda a vida e história. Em vez disso, as pessoas estão tentando experimentar a vida ao máximo e chamar essa experiência de VERDADE para elas,  não a verdade absoluta, apenas a verdade para elas. A orientação geral nesta cultura é simples: Mantenha tua “verdade” longe de mim. Se ela funciona para você, tudo bem. Mas não a coloque sobre mim. Eu tenho minha própria verdade.

Precisamos estar cientes de quão profundamente essa visão da verdade é entrelaçada no tecido da vida de nossa cultura hoje. Ele infecta todos nós mais ou menos. Você pode vê-la na igreja onde as pessoas resistem sequer pensar nos absolutos bíblicos. Relativizam o ensino bíblico baseados no humanismo secular e sua "sabedoria".

A única coisa que unifica essa cultura é tão somente  o seu relativismo. E isso está relacionado em uma intenção moral. A relatividade da verdade não é uma visão teórica, mas um postulado moral, a condição que é afirmada, diz nossa cultura, para se ter uma  sociedade livre, ou assim querem que seja.

Essa é a nossa sociedade – é óbvio que seria uma sociedade sem recursos para lidar com os medos e desespero da alma humana como em Bird box -  e, em grande parte, o que a maioria dos que se dizem cristãos também são. E o problema com esse relativismo é que ele é auto-contraditório e antibíblico. É óbvio que não tem resposta final para o desespero.

O relativismo se contradiz. Se você diz: "Não há nenhuma verdade absoluta que todos devem acreditar", você se contradiz, porque você faz uma declaração que você quer que as pessoas acreditem, mas a declaração que você faz é que não existe uma verdade que todos devam acreditar. Todas as filosofias nascidas de um pensamento nuclear assim, jamais poderão lidar com o desespero humano. São irracionais.

A agenda escondida do relativismo é que ele quer relativizar a reivindicação de todo mundo sobre a verdade, mas não a sua própria.

Livre pra pensar como quiser…  mas se discordar deles...  a intolerância da tolerância se manifesta. Você estará fazendo um discurso de ódio. Será insensível... Todos tem que tapar os olhos – como no Bird Box e torcer para dar tudo certo, porque não há como lidar com o desespero se essas são as bases e premissas.

Numa passeata pró-vida nos Estado Unidos esses dias (Eu vi numa reportagem), forças pró-aborto estavam lá combatendo as ideias pró-vida. Eles distribuíram um texto a respeito. No início do texto eles dizem que: "defendem os direitos reprodutivos." Em outras palavras, se as pessoas pró-vida deseja visualizar o feto como uma pessoa com direitos legais à vida, eles podem ter esse ponto de vista, mas apenas para si. Isso é um ponto de vista pessoal. É relativo. Você pode ser contra o aborto, mas só para você. Mas já o aborto e a defesa dele, não será assim – “só para eles” – será ensinado na escola... e ideologia de gênero... e  em seguida, na parte inferior do folheto em letras grandes estava: "Nós não vamos tolerar INTOLERÂNCIA!"  Você vê o que isso significa? "Tolerância" é o equivalente moral do relativismo. Se a verdade é relativa e não absoluta,  deve haver tolerância total. Mas isso é dizer e impor que o relativismo moral é uma VERDADE ABSOLUTA. “Nós não vamos tolerar a intolerância" é o equivalente moral de "Rejeitamos absolutos!"  E isso agora se tornou a Verdade absoluta. É auto-contraditório. É um testemunho do fato de que nós não podemos viver sem verdade absoluta.

E por isso não é de se estranhar, então, que o relativismo é também anti-bíblico e oposto totalmente ao Evangelho. Jesus disse: "Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade." A primeira implicação disso – de Cristo ter vindo, é que há uma Verdade que vem de Deus, de fora do mundo e dá ao mundo o seu significado, e dá a vida humana significado, que diz o que o homem é e que mostra a verdadeira psicologia da alma... verdade que é absoluta e imutável, verdade que todos devem buscar e submeter-se e acreditar. Muitos “cristãos”, para estarem em sintonia com a cultura, deixam a cultura definir “verdades” sobre o homem, o mundo, a alma humana, seus dramas, remédios, terapias... É de se admirar que os “cristãos”, juntos com o mundo, estão com os olhos vendados e sem recursos para lidar com o que leva ao desespero como no Bird box? Horror, desespero, suicídio...

Tudo que muitos teólogos podem fazer então, é justificar o desespero da Bird box com uma “teologia” que nega os recursos infinitamente poderosos que a Verdade trouxe ao entrar no mundo: "Para isso nasci, e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz." Ele que é a Verdade enfatiza: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” João 8:32.

Liberta de tudo que acontece na Bird box. Que dá poder para lidar com todo desespero que a vida pode criar e muito mais do que apenas lidar com ele – Ele afirma: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” - João 14:27  “Disse-vos essas coisas para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa.” João 15:11

Ele dá  uma nova vida...
uma nova vontade,
uma mente nova,
um coração novo,
um novo poder para viver em santidade,
um novo conhecimento,
uma nova sabedoria,
uma nova percepção,
um novo entendimento,
uma nova herança,
uma nova relação,
uma nova justiça,
um novo amor,
um novo desejo,
uma nova cidadania, etc...

Na verdade somando tudo isso a Bíblia diz que é novidade de vida! É uma Criação de Deus... uma nova Criação: “De nada vale ser circuncidado ou não. O que importa é ser uma nova criação.” - Gálatas 6:15

Vendo a cosmovisão dos personagens de Bird box, não ficamos espantados com a vitória do desespero, ou a condição de viver vendado.

Por que cristãos não são vencidos pelo medo, desespero... como alguém no Bird box? Por que eles não precisam de vendas para “sobreviverem?”
Por que foram de fato salvos. E ser salvo, não é ir para o céu depois que morremos.

O que é ser salvo?

“Eu devo ter o Salvador de fato, pois Ele é o meu tudo. Tudo o que os outros têm do mundo, em si mesmos, eu tenho somente nEle – prazeres, riquezas, segurança, honra, vida, justiça, santidade, sabedoria, felicidade, alegria, prazer e felicidade...

Se uma criança anseia por seu pai, um viajante por fim da sua jornada, um operário terminar o seu trabalho, um prisioneiro a sua liberdade, um herdeiro a plena posse de sua herança, assim, em todos estes aspectos, não deixo de desejar somente Ele e ir logo para casa!” – Howell Harris ( 1714 – 1773 ).
 
Primeiro, - Cristo apareceu uma vez por todas para aniquilar o pecado pelo seu sacrifício – “Se assim fosse, Cristo precisaria sofrer muitas vezes, desde o começo do mundo. Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos, para aniquilar o pecado mediante o sacrifício de si mesmo.” - Hebreus 9:26

Fui Salvo!

Cristo veio ao mundo para definitivamente aniquilar o pecado na vida daqueles que Ele chama por Sua graça. De maneira muito diferente dos sacrifícios que eram repetidamente oferecidos pelos sacerdotes levitas, ele ofereceu um sacrifício de uma vez por todas. O único altar do evangelho é o Calvário. Altar é o lugar onde é oferecido o sacrifício ( Eis a razão por ser absurdo chamar a plataforma na frente dos templos de altar – não existem altares na Nova Aliança senão o Calvário – A parte da frente do templo é simplesmente uma plataforma onde é pregado o evangelho – não é um lugar mais santo... um altar...).

Por isso o texto diz: “Mas agora ele apareceu uma vez por todas no fim dos tempos...”- Hebreus 9:26 – Sua obra perfeita aponta e prepara a expectativa de um fim. Sua vida, morte, ressurreição, ascensão e derramamento do Espírito, inaugurou os “últimos dias” – “mas nestes últimos dias falou-nos por meio do Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e por meio de quem fez o universo.” - Hebreus 1:2

A perspectiva e experiência espiritual do Antigo Testamente é descortinada para nós aqui – Lá os crentes viviam à luz das promessas de Deus e andaram pela fé, crescendo no conhecimento do significado interior dos inúmeros sacrifícios que eles presenciavam e ofereciam a Deus. Tudo aquilo para que suas mentes se fixassem no verdadeiro sacrifício que era tipificado dia após dia. Eles ainda não tinham a realidade: “Todos estes receberam bom testemunho por meio da fé; no entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido.” - Hebreus 11:39.

Todos os redimidos, no Antigo e Novo Testamento, são salvos em Cristo, num único sacrifício. Eles entenderam que a longa fila de sacerdotes e sacrifícios não poderia ser o caminho para o perdão final e aceitação deles diante de Deus: “No entanto, somente o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos, apenas uma vez por ano, e nunca sem apresentar o sangue do sacrifício, que ele oferecia por si mesmo e pelos pecados que o povo havia cometido por ignorância. Dessa forma, o Espírito Santo estava mostrando que ainda não havia sido manifestado o caminho para o Santo dos Santos enquanto ainda permanecia o primeiro tabernáculo. Isso é uma ilustração para os nossos dias, indicando que as ofertas e os sacrifícios oferecidos não podiam dar ao adorador uma consciência perfeitamente limpa.” - Hebreus 9:7-9

Ao ir a cruz Cristo libertou milhões e milhões de cativos, aniquilou o pecado, rasgou o título da dívida e deu aos verdadeiro adoradores uma consciência limpa.

Segundo, - Cristo aparece agora na presença de Deus em nosso favor– “Pois Cristo não entrou em santuário feito por homens, uma simples representação do verdadeiro; ele entrou no próprio céu, para agora se apresentar diante de Deus em nosso favor” - Hebreus 9:24

Sendo Salvo! – O que Cristo está fazendo agora? Está intercedendo por seu povo. A ideia de que nós fomos perdoados na cruz e agora é conosco – nós que manteremos a nossa salvação... é completamente antibíblica. Cristo não é apenas o Autor de nossa fé, ele a mantém até o fim – essa é a base da perseverança dos santos. Ele começou algo que Ele terminará. Quem foi justificado em seu sangue, será salvo da corrupção do mundo por Seu poder infinito e sua intercessão, onde Ele está diante do Pai em nosso favor: “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” – Filipenses 1.6 – Sua intercessão por aqueles que o Pai lhe deu, é invencível.

Em Hebreus 9.24 o autor de Hebreus está pensando no que aconteceu após a morte de nosso Sumo Sacerdote. Na escuridão do Gólgota Ele foi “castigado e ferido por Deus” (Is 53.4). Quando o Sumo sacerdote entrava no Santo dos santos representando o povo de Deus, suas roupas tinham sinos nas orlas para que o som deles mostrasse aos adoradores que ele estava vivo (Ex 28.33-35). Nos três dias em que Cristo esteve morto, podemos dizer que não se ouvia os sinos... Mas então Cristo se levantou  no poder de uma vida indestrutível e ascendeu à mão direita de Deus.  Sua presença ali é a evidência de que toda a dívida de todos os eleitos foi riscada e que jamais sacrifício pelos pecados precisará ser repetido. Ele pessoalmente encarna a propiciação perfeita feita pelos nossos pecados: “E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra.” - Apocalipse 5:6 – Eis a aparência daquele que faz toda a intercessão de que precisamos: “Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.” - Romanos 8:34.

Aí está toda a base da santificação presente e da perseverança de todos os santos – Somos por Ele salvos no presente da corrupção do mundo e mantidos na Fé – “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” - 2 Coríntios 4:4 – Mas nos filhos de Deus, por Cristo, o maligno não toca (1 Jo 5.19,20). Sua intercessão vencedora que começou na terra: “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” – João 17.15 – Ele intercede não pelo mundo, mas pelos eleitos: “Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.” -João 17:9 - e  continua à direita do Pai.

Sua intercessão vencedora traz no presente infalivelmente santificação e perseverança – “Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.” - João 17:15-17 – Pela obra e intercessão de Cristo, todos os eleitos serão, estão sendo, completamente salvos da corrupção do mundo e guardados para a redenção ( Santificação e perseverança) – Nele, por Ele e para Ele.

Terceiro -  Cristo aparecerá para salvar aqueles que estão esperando ansiosamente por Ele: “...assim também Cristo foi oferecido em sacrifício uma única vez, para tirar os pecados de muitos; e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam.” - Hebreus 9:28

Serei salvo! - Enquanto Jesus estiver a Direita de Deus nos céus, a nossa salvação será vitoriosa e permanecerá – e como Ele está ali eternamente, nada pode destruir o que Ele fez em e por nós: “Portanto ele é capaz de salvar definitivamente aqueles que, por meio dele, aproximam-se de Deus, pois vive sempre para interceder por eles.” - Hebreus 7:25 – Portanto, infalivelmente algo está no nosso futuro. Cristo aparecerá em glória para salvar os que ansiosamente esperam por Ele: “...e aparecerá segunda vez, não para tirar o pecado, mas para trazer salvação aos que o aguardam.” - Hebreus 9:28

Ele começa e termina. Ele nos sustenta. Fomos levados para o seu Reino: “Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado” Colossenses 1:13

Neste Reino não temos só justiça... “Pois o Reino de Deus... é justiça, PAZ e ALEGRIA no Espírito Santo” Romanos 14:17. Se estamos no Reino, a Justiça vence... a PAZ  vence... e o ALEGRIA vence soberanamente em nossa vida.

Não podemos estar na Bird box do desespero e no Reino de Deus ao mesmo tempo. Não existe nenhuma teologia bíblica que pode unificar a Bird box e o Reino de Deus. A não ser uma teologia falsa.

Jesus veio dar testemunho da Verdade. Verdade que é Ele mesmo. E essa Verdade destrói a Bird box.

“Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.” - João 18:37



Josemar Bessa às terça-feira, janeiro 22, 2019
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Casado com Cláudia, pai do Matheus e Thomás, músico, pastor, reformado, calvinista e flamenguista.
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