REVERÊNCIA NÃO É SINÔNIMO DE INDIFERENÇA
Por Felipe Castelo Branco
Não, não ache que se portar como reformado é ser indiferente no canto congregacional e cantar de uma forma fria e sem vigor.
Não ache que ser reformado é cantar com voz de ópera e um semblante sério.
Não estou dizendo que devemos nos portar indevidamente como em igrejas que levam somente para o lado emocional criando um ambiente de mantras em todo o culto.
Mas, ser reformado é lembrar que do mesmo modo que Deus se encontrava no deserto com o seu povo, ele se encontra hoje, todos os Domingos, o Dia do Senhor, com a sua igreja, e não temos como ser indiferentes quanto a isso.
Os puritanos tinham essa noção quando se encontravam com o Rei, tanto mediante o ouvir da palavra, como quando oravam e cantavam louvores. Me marcou o relato de David Brainerd em seu diário, quando disse que certa vez, mesmo estando num campo aberto, bem arejado e à sombra de uma árvore, se molhou de suor pois orava fervorosamente ao Senhor. Ele tinha noção que estava diante do Deus todo poderoso.
Portanto, me espanta ao ver reformados que são indiferentes no momento do culto, que se portam como se estivessem participando de uma mera conferência, e não de um encontro com Deus (que é isso que o culto é).
Cada um tem seu jeito de se expressar em adoração, mas lembre-se que o externo é apenas um espelho do interno. Como se porta, diz muito acerca de como você se sente. Vai dizer que se porta com indiferença quando recebe uma má ou boa notícia?! Ou você se alegra ou você se entristece. Os homens não costumam ajoelhar-se ao pedir a mulher que amam em casamento? Eu, por exemplo, sempre choro quando vou me despedir da minha noiva para voltar para a cidade para a qual estou me mudando agora.
Sempre nos expressamos de alguma forma! Por que então seria diferente ao nos encontrarmos com o Rei do Universo juntamente com a igreja aos Domingos, ou até mesmo quando nos encontramos com ele no nosso quarto em oração?
Então, não veja problema em levantar seus braços enquanto canta acerca da maravilhosa graça de Jesus. Não veja problema em derramar lágrimas enquanto confessa os seus pecados no momento de oração. Claro, nem todos são assim, talvez você apenas fechará os olhos no seu canto e genuinamente louvará ao Senhor desta maneira, mas apenas reflita se você agiria desta mesma forma quando estivesse ouvindo ou assistindo outra coisa que gosta. Se sim, talvez seja o seu jeito sério de ser mesmo, ou você ainda sabe com quem realmente está se encontrando quando aparentemente “adora” em comunidade no culto público.
O culto deve ser com ordem e decência, e não frio, monótono e sem vida.
Fonte: Cante as Escrituras
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